domingo, 12 de agosto de 2018

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A RESPONSABILIDADE DO TOQUE
Massagem, como toda e qualquer prática,é algo que começamos a aprender, e continuamos por toda a vida, mais seis meses! A cada momento, a cada dia, novas experiências acontecem, novas técnicas e aprimoramentos surgem. é importante estarmos atualizados e em constante reciclagem.

A massagem, por ser uma arte sutil, e não unicamente uma técnica de perícia, envolve o sentir, o perceber, a atenção, o carinho, o acolhimento, o receber a pessoa tocada, o aconchego. Para que ela (massagem) flua coerentemente, é preciso nos movermos pelo sentimento, pelo respeito, pela ética, pelo equilíbrio (daí a necessidade de o/a terapeuta se reciclar e se trabalhar com afinco).
Através do toque, o corpo relaxa, o nosso corpo traz nossa história de vida: medos, emoções, traumas, sentimentos, apegos, lembranças agradáveis e desagradáveis; portanto, tocar alguém significa ter responsabilidade no toque, respeitar o indivíduo tocado,porque ao tocar,não são apenas e simplesmente músculos e tendões que estão sendo tocados, e sim, o ser humano.

Nós somos o nosso corpo: nele estão nossos pensamentos, sensações (primeiro sentido que desenvolvemos ao nascer - tato), desejos, ansiedades, projetos, frustrações, alegrias, prazer, dor, saudade, desprazer, conforto, tensão, relaxamento; e todas as marcas importantes que fizeram e fazem de cada um de nós, quem somos hoje.

Em qualquer técnica de massagem, estaremos tocando todo esse universo imenso que é cada pessoa; daí o cuidado em tocar como se estivesse tocando em si mesmo. Traduzir através do toque o intuito verdadeiro e sincero, aceitar o outro como ele é. E ajudar a pessoa tocada a liberar suas tensões, desconfortos, mágoas, ou o que mais for possível e permitido ( por quem recebe) num clima de respeito e confiança.

Dividimos o estudo do ser humano em partes, para facilitar o aprendizado: copo/mente/psique/espírito; mas somos a soma disso tudo, então pensamos, sentimos, agimos, vibramos e vivemos com o corpo todo; pois ele é a sede e a manifestação de quem somos nós (nosso lado divino inclusive).

Como cuidamos dele? Com carinho, respeito, hábitos saudáveis, atenção, amor; ou com menosprezo, repúdio, medo, revolta e raiva? Somos também ( e muito mais) o que pensamos e sentimos do que o que comemos, e isso se reflete na nossa saúde, na qualidade de nosso sono, disposição, trabalho, relacionamentos...porque nos alimentamos também com e de nossos pensamentos.

É importante que, enquanto estamos massageando, que a massagem flua: que estejamos presentes em nossas mãos, como se todo nosso ser estivesse nelas. Cada ser humano é único, e cada massagem idem, não permitamos portanto, que seja apenas um toque mecênico no corpo. Mantenhamos a sintonia com a pessoa massageada. A profundidade ou a suavidade do toque pode ( e vai) provocar as mais diversas reações em quem recebe: liberando o que for necessário liberar naquele momento, para aquela pessoa se perceber mais e melhor.

Massagear é entrar em sincronia com a energia do corpo (do/a) massageado ( a), perceber onde ela está em excesso e/ou em falta; é sentir onde o corpo está fragmentado e reorganizá-lo novamente. 

É ajudar a energia a circular em harmonia com a natureza, sem bloqueios, livre de tensões e travas. Quando isso acontece, as energias estão alinhadas e afinadas como numa orquestra, e o corpo, consequentemente, tocará sua música com todas as notas devidamente combinadas.

Sendo assim, tenhamos muito respeito com o corpo humano: ele é o templo a ser cuidado, é nele que habita a centelha divina, por isso com profunda e verdadeira reverência, executemos a arte de massagear. Tendo sempre como referência, o amor por nós mesmos.


Nádima Schneider, terapeuta holística
tel 011 94944 1425
amidan07@hotmail.com

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