terça-feira, 18 de setembro de 2018

A Comunicação de Ontem e de Amanhã


As Características da Mídia, Nos

Velhos Tempos e na Civilização do Futuro

 A Comunicação
Carlos Cardoso Aveline


A Comunicação Social do Passado:



1) Estimula uma curiosidade doentia sobre a vida alheia. Dá aos leitores ou espectadores a ilusão de conviver com gente famosa, mostrando detalhes inúteis da sua vida pessoal.

2) Fala de problemas, descreve atos de violência com detalhes, transforma criminosos em pessoas famosas. Inspira rancor e revolta impotentes.
3) Descreve o ser humano como egoísta, voltado apenas para a sua busca de poder pessoal ou posses materiais.
4) Considera que todo o poder está em mãos dos governantes e dos grandes grupos econômicos, e segue automaticamente as conveniências dos jogos de poder. Faz qualquer coisa para obter audiência ou leitores – menos demonstrar coragem política.
5) Supõe que todos têm motivações egoístas. Nivela o ser humano por baixo.
6) Fala a partir do hemisfério cerebral esquerdo, que rotula, critica e dá voltas em torno do passado.
7) Evita enfrentar as questões cruciais. Prefere informações que giram em torno de jogos de aparências.


A Comunicação Social da Era Planetária:

1) Ensina como o cidadão pode assumir mais responsabilidade sobre a vida, mostrando hábitos saudáveis e dando conhecimentos que permitem viver com sabedoria.
2) Aponta soluções e alternativas para os problemas que aborda. Descreve atos generosos, destaca pessoas que agem com altruísmo. Inspira sentimentos positivos.
3) Descreve o ser humano com as suas crises e contradições, mas mostra que ele está voltado para o bem e que busca a felicidade.
4) Obedece ao poder da verdade. Põe limites ao jogo de conveniências, abre espaço para leitores e espectadores, e ganha prestígio seguindo um bom padrão ético. Conquista espaço pela sua coragem editorial.
5) Dá destaque a causas nobres e projetos sociais altruístas.
6) Fala a partir dos dois hemisférios cerebrais, especialmente o direito, que é positivo, intuitivo, criador e voltado para o futuro.
7) Não tem medo de enfrentar as questões cruciais, porque confia no ser humano e no futuro.
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O texto acima faz parte do livro “A Informação Solidária”, de Carlos Cardoso Aveline, e também foi publicado na revista “Biosofia”, de Lisboa, edição número 16, em 2002.

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